sexta-feira, 14 de agosto de 2009

INCENDIO NO JOELMA


O Edifício Joelma, atualmente denominado Edifício Praça da Bandeira, é um edifício da cidade de São Paulo que sofreu um grande incêndio em 1 de fevereiro de 1974, uma sexta-feira.

Foi inaugurado no ano de 1971 e localiza-se no nº 225 da Avenida Nove de Julho com outras duas fachadas para a Praça da Bandeira (lateral) e para a rua Santo Antônio (fundos).

Foi o local de uma grande tragédia. Um curto-circuito em um ar condicionado do 12º andar provocou um incêndio que se espalhou por todo o edifício, vitimando várias pessoas (179 mortos e 300 feridos). Estavam no local cerca de 756 pessoas. Naquela época, a cidade ainda recordava intensamente a tragédia do Andraus.

O incêndio recebeu na época grande cobertura da mídia. Vários helicópteros o circudaram quando do incêndio, sendo que alguns deles conseguiram resgatar algumas pessoas do topo do edifício. Os helicópteros pousavam no viaduto em frente e na Câmara Municipal que se situa nas proximidades.

Quando do incêndio, várias pessoas correram ao topo do edifício a fim de fugir das chamas. Devido a localização no edifício, junto a praça das bandeiras, o incêndio pode ser observado por muitas pessoas.

A ação dos bombeiros foi prejudicada pois eles não tinham equipamentos básicos como máscaras contra gás.

O edifício não provia de escada de incêndio e de heliporto.

Os profissionais que fizeram as instalações elétricas do prédio foram considerados como co-responsáveis pelo incêndio.

O CRIME DO POÇO

Em 1948, antes do Joelma ser construído, havia naquele terreno uma casa que era do professor Paulo Camargo. Ele morava com a mãe e as irmãs. Ele as matou e em seguida sepultou suas vítimas no poço que fora construído no fundo da casa justamente para esse fim. A polícia descobriu o crime por meio de várias denúncias relatando o desaparecimendo de várias mulheres no local. Descoberto o mistério, Paulo Camargo se matou.[1] [2]

Os bombeiros resgataram os corpos (no resgate, um dos bombeiros sofreu um tipo de infecção cadavérica e mais tarde veio a morrer[carece de fontes?]). A polícia naquela época trabalhava com duas hipóteses que seriam motivos para o crime. A primeira, seria o fato da mãe e das irmãs não terem aprovado uma namorada dele.[1] A segunda, seria o fato da mãe e suas irmãs estarem muito doentes e por isso o professor não quis cuidar delas.[carece de fontes?]. A verdadeira causa dos assassinatos nunca foi descoberta. Passado o tempo a casa foi demolida e deu lugar ao edifício.[1]

O RESGATE

Uma pessoa que ajudou para que a tragédia não ficasse maior foi José Roberto Viestel. Ele estava em sua residência. Quando ele recebeu um telefonema, ele entendeu que constatava um incêndio em um veículo. Ele foi até o local. O trânsito já se encontrava caótico. Ele deixou o seu veiculo com um policial que estava em frente a Praça da Bandeira (depois da tragédia o veículo foi devidamente devolvido). Quando ele chegou, viu que as mangueiras dos caminhões dos bombeiros estavam com defeito. Depois de ter ajudado os manobristas com a retirada dos veículos, ele arrumou as mangueiras que estavam na garagem do Joelma. As mangueiras eram usadas na lavagem do local. A tragédia poderia ser maior se não fosse a atuação de José Roberto Viestel. Após o incêndio o prédio ficou interditado por quatro anos para obras.Quando as obras terminaram, o prédio foi rebatizado como Edifício Praça da Bandeira, mas continua carregando a fama de mal-assombrado.(Dezembro de 2008}}



O lugar ganhou fama de ser assombrado e amaldiçoado. Em 1978 foi rodado o filme Joelma 23º andar, baseado no livro Somos seis, do medium Chico Xavier, no qual se conta a história de uma garota que morreu no incêndio. O papel da protagonista foi interpretado pela atriz Beth Goulart. No dia 30 de Junho de 2005, o programa Linha Direta da Rede Globo, estréia o quadro "Linha Direta Mistério" com o caso Joelma.

Treze pessoas tentaram escapar por um elevador, mas não conseguiram, os corpos não foram identificados, foram enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro, em São Paulo.

ESPECIAIS DE TV

Além do especial Linha Direta Mistério, exibido pela Rede Globo em 2005, foi ao ar, no Jornal da Record, em 5 de julho de 2008, uma reportagem da série "Bombeiro: Herói de Todos", que relembrou o incêndio ocorrido no Edifício Joelma em 1974, mostrando várias cenas da tragédia, como pessoas desesperadas, se atirando do prédio, e o difícil salvamento com helicópteros. Nessa mesma reportagem foi abordado o incêndio do Edifício Andraus, ocorrido em 1972; o caso do Bateau Mouche, barco que afundou na Baía de Guanabara em 31/12/1988, matando várias pessoas; e do Elevado Paulo de Frontin, que desabou sobre carros e ônibus em 1971, matando mais de 40 pessoas. A reportagem, que traz cenas raras e impressionantes dessas 4 tragédias, abordou também a ação dos bombeiros, que não medem esforços para salvar vidas, mesmo em casos tão terríveis como os mencionados na reportagem.

conclusao

A tragédia do Joelma, que se deu apenas 2 anos após o incêndio no Edifício Andraus, acendeu a discussão na opinião pública com relação aos sistemas de prevenção e combate a incêndio, cujas deficiências foram evidenciadas nos dois grandes incêndios.

Na ocasião, o Código de Obras em vigor era o de 1934, um tempo em que a cidade tinha 700.000 habitantes, prédios de poucos andares e não havia a quantidade de aparelhos elétricos dos anos 70.[3] No Edifício Andraus, muitas pessoas conseguiram chegar ao heliporto e serem resgatadas por helicópteros. Diversas pessoas no Edifício Joelma tentaram o mesmo recurso, mas o edifício não tinha heliporto e as telhas de amianto, escadas e madeiras impediram que os helicópteros pousassem.[4]

O incêndio do Joelma causou 179 mortes e deixou 300 pessoas feridas.[5]

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